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As empresas petrolíferas Shell e Chevron arrasaram o delta do rio Níger. O escritor Ken Saro-Wiwa, do povo ogoni da Nigéria, denunciou‑o num livro publicado em 1992: «O que a Shell e a Chevron fizeram ao povo ogoni, às suas terras e aos seus rios, aos seus riachos, à sua atmosfera, chega ao nível de um genocídio. A alma do povo ogoni está a morrer e eu sou sua testemunha».
Três anos depois, no começo de 1995, o director geral da Shell na Nigéria, Naemeka Achebe, explicou assim o apoio da sua empresa à ditadura militar que espreme esse país: «Para uma empresa comercial que se propõe realizar investimentos, é necessário um ambiente de estabilidade. As ditaduras oferecem isso». Uns meses mais tarde, no fim de 95, a ditadura da Nigéria enforcou Ken Saro-Wiwa. O escritor foi executado juntamente com outros oito ogonis, também culpados de lutar contra as empresas que aniquilaram as suas aldeias e reduziram as suas terras a um vasto deserto. E muitos outros tinham sido assassinados antes pelo mesmo motivo.
http://www.remembersarowiwa.com/index.htm
http://www.kensarowiwa.com/
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